sábado, 28 de dezembro de 2013

Biofertilizantes

Cada vez mais o mercado nos proporciona boas alternativas para melhores cultivos das nossas queridas plantas.
 
Recentemente, encontrei um senhor muito simpático no viveiro da Seasa aqui de Brasília. Ele procurava fertilizantes orgânicos para uso em sua horta caseira, e eu, naturalmente, fiquei muito interessada em suas dicas. Ainda nutro um desejo de algum dia, como era quando criança, ter um espaço para cultivar verduras, legumes e ervas medicinais sem agrotóxicos. Hoje, só tenho espaço para um jardim, embora com alguns exemplares de pimentas (malagueta e "de cheiro"), gengibre, mastruz, alecrim, arruda e morangos.
Ele me mostrou as fotos de sua horta, com canteiros altos, o que é  muito interessante, pois o trato (cultivo e cuidados) não provoca dores nas costas.
A minha horta também era assim, alta, embora plantada em caixotes que haviam sido utilizados na construção civil. São aqueles caixotes com pernas que os predreiros utilizam para colocar o cimento para aplicação de reboco em paredes.  
 
Já uso o húmus de minhoca nas minhas plantas, mas não sabia que existia uma versão dele líquida, nem sabia exatamente porque ela faz tão bem as plantas. Seguindo as dicas, comprei e fiz a primeira aplicação do pulverizador nas minhas sementeiras. Daqui há alguns meses, escreverei outro post com a avaliação do produto. Acho, por dedução, não deva frustrar muito minhas expectativas, pois, como já disse, utilizo o húmus na versão em pó, com excelentes resultados.
 
 
Um dos biofertilizantes que encontrei em minhas pesquisa é o Húmus de minhoca líquido potencializado com pó de rocha (estou usando o da Promim!). Os ácidos Húmicos e Fúlvicos (ácidos orgânicos) presentes em sua composição têm a propriedade de ativar o metabolismo das plantas, estimulando seu crescimento e desenvolvimento.
 
Segundo o fabricante os benefícios são:
- equilíbrar as funções químicas do solo devido as sua condição de humificação e de mineralização da matéria orgânica nitrogenada, facilitando a absorção dos elementos nutritivos por parte da planta;
- possuir capacidade quelatizante – minimiza a toxicidade e a salinidade excessiva do solo;
- aumentar o desempenho das plantas nas suas fases mais sensíveis – germinação, transplante, floração e maturação;
- proporcionar maior resistência às plantas em condições adversas – stress hídrico, pragas, doenças… ;
- melhorar a estrutura do solo, beneficiando o desenvolvimento radicular;
- estimular o desenvolvimento da vida bacteriana do solo e
- Apresentar grande facilidade no modo de utilização: rega, aplicação foliar,
fertirrigação ou diretamente no substrato.

Sua riqueza em microrganismos produz uma fonte energética, pela grande atividade de organismos mineralizantes, reativando os terrenos estéreis, já que regenera a flora bacteriana. -
Excelente regenerador do solo, por atrair uma infinidade de microorganismos que vem se alimentar das enzimas e suco gástrico obtidos através do tubo digestivo das minhocas;

Alfaces cultivadas no mesmo dia, sem e com o uso do humus de minhoca


Análise Nutricional:
Elementos% do Produto Natural
Umidade45 %
Ph7
Matéria orgânica50 %
Nitrogênio3 %
Fósforo2 %
Potássio1 %
Bactérias totais1,3 x 10 elevado à 9.a
Carbono orgânico20 -35 %
Relação carbono/nitrogênio9 – 12%
Ácidos fúlvicos2 – 3 %
Ácidos húmicos5 – 7 %
Microelementos1 %
Ferro, em ppm210,40
Manganeso, em ppm77,30
Cobre, em ppm12,40
ZincoTraços
ManganêsTraços

O húmus de minhoca líquido contém entre 250 a 300 milhões de elementos vivos, portanto funciona como um regulador e regenerador do solo.


Mais orientações, acessar http://www.youtube.com/watch?v=76W7ClGThmA (EMBRAPA CLIMA TEMPERADO/RS)

 

sábado, 21 de dezembro de 2013

Rosa do deserto






A rosa-do-deserto ainda não é muito conhecida aqui no Brasil, mas, em poucos anos de sua chegada, já despertou admiração em grande número de pessoas que são  aficcionados por plantas. Adquiri, recentemente, alguns exemplares, e que mostro para todos que vêm nos visitar (naturalmente, para aqueles que gostam, como meu irmão, é claro!).
Meu jardim está lindo, sobretudo nesta época do ano, onde as chuvas e a umidade favorem em especial a maioria delas, mas a rosa do deserto não gosta muito de chuva...
Bem, ainda tenho muitas dúvidas quanto aos cuidados com essa bela planta. Parece fácil, mas conhecimento nunca é demais, e, aliás, o conhecimento vem dos sites de pesquisa, do vídeotube, e de algumas revistas especializada em plantas. Acredito que, com o tempo, deva adquirir a experiência necessária, quiça até aprender a técnica para desenvolver novas cores e formatos de flores.

 
 
Originária da África e de vários países do Oriente Médio, e até da Ásia (grande fornecedora das sementes), algumas variedade, quando, na natureza, podem chegar a 5 metros de altura.
Bem, como muitas pessoas  no mundo, principalmente aqueles cultivadores de bonsais (os tailandeses possuem exemplares maravilhosos!), eu prefiro mantê-la em proporções menores e mais decorativas, além do prazer que esses cuidados proporcionam como verdadeira terapia para desestressar a vida que levamos hoje.

Como já disse, aqui onde moro está chovendo quase todos os dias, e como elas não suportam muita  umidade em seu substrato  (são plantas de deserto!), deixo meus preciosos e ainda pequeninos exemplares nas estantes da varanda, cuidando para que, sempre que possível recebam a luz direta do sol por algumas horas do dia, já que, como a grande maioria das plantas floríferas, elas precisam do sol para florescer.



O substrato precisa ser  muito arejado, já que o excesso de água nas raízes pode matá-la. Não encontrei um consenso, mas, por dedução, basicamente, uma boa mistura pode ser feita com 30% de areia, 30% de terra vegetal (eu misturei um pouco de substrato para planta de flores, nos replantes que fiz para duas das que comprei, que já estavam bem grandinhas), 20% de casca de pinus triturada e os 10% restantes, uma mistura de húmus de minhoca, vermiculita e torta de mamona. O solo deve ficar arenoso, drenável, e enriquecido com matérias orgânicas.

Como tem um crescimento razoavelmente lento, um exemplar maior, como o da foto pode chegar a  mais de R$ 2000.
Então, o ideal é, principalmente para quem quer participar do seu processo de crescimento e moldar o seu formato, adquirir as mudinhas, com preços bem mais em conta (as minhas custaram entre 15 e 38 reais).
Como ainda não é uma planta muito comercializada, estamos com poucas variedades no mercado. A saída é comprar as sementes e buscar a técnica de cultivo para sua germinação (tem em várias páginas de comércio eletrônico, e as dicas (bem práticas!) no youtube).

Para a germinação e o crescimento das mudas ainda novinhas é necessária uma dose (cerca de 10%) de carvão moído ao substrato, como fungicida. Para isso, devemos  escolher um vaso plástico para servir de sementeira, colocar pedritas no fundo e completar com uma mistura de 50% de areia grossa, 40% de terra vegetal e 10% de carvão moído.

Em 10 dias, segundo informações, as sementes começam a germinar e quando as mudinhas  já estão com 5 a 6 pares de folhas, poderão ser transferidas para vasos individuais (comprei alguns copinhos para festa, que são bem baratinhos, para as minhas, quando chegar a hora).


Importante é que a rosa-do-deserto costuma dar flores quase todo o ano, já a partir de 6 meses, mas, para se ter o caule grosso e sinuoso que aparecem em fotos ou exposições (ver no youtube) é preciso cultivá-la, periodicamente, como se fosse um bonsai, como replantes, corte de raízes e de brotações superiores e outros cuidados que evitam o surgimento de fungos.

A cada dois anos, devemos desenvasar o torrão de raízes com cuidado (sem retirar o excesso de terra) , acrescente uns três dedos de substrato no fundo do novo vaso, ou o mesmo em que a planta estava e, então, voltar o torrão ao lugar. A planta ficará com terra alta em sua volta, mas, com as regas, ela tende a baixar, revelando parte das raízes. A técnica é chamada de “levantamento de raízes”.

Para a poda (ver no youtube e no rosadodesertobrasil.com.br), é bom tomar cuidado com a seiva que brota dos cortes, usando-se luvas,  enxugando com um papel e passando nos cortes um pouco da pasta seladora para poda.
Sabe-se que a seiva é tão tóxica que algumas tribos africanas a usam como veneno em lanças e zarabatanas para caçar animais de grande porte.
 
Nome científico:
Adenium Obesum

IMPORTANTE:

- A irrigação deve ser feita em intervalos esparsos e regulares. Na hora da rega, deve-se evitar encharcar, ou seja, tem que ser pouca água. Se estiver tomando muito Sol e pouca chuva (estiagem), devemos regá-la em intervalos entre 10 e 15 dias;
- A planta deve ser cultivada sob sol pleno ou meia-sombra;
- Deve-se adubar a cada dois meses com adubo orgânico para flores.